quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

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1 - Técnicas para se Trabalhar em Equipe - Módulo VI: Papéis e Reuniões

1.1 - Funções nas equipes

O verdadeiro trabalho de equipe agrega os valores e atributos dos colaboradores, amparado pelo princípio de que todos são diferentes. Sendo assim, poderá haver pessoas mais ou menos participativas, organizadas, metódicas, apaziguadoras, ou até mesmo dominadoras e desinteressadas. Algumas das funções que usualmente figuram nas equipes são:
* identificar critérios de desempenho e traça estratégias de ação;

* fazer uso da visão sistêmica para entrelaçar recursos;

* criticar construtivamente o processo e as idéias, comentando os passos dados;

* auxiliar na assimilação de alguns conteúdos necessários para a execução das tarefas;
* promover o diálogo entre os integrantes, intermediando conflitos e fomentando a confiança recíproca;

* incentivar os demais membros, elogiando avanços e contribuições;

* dar suporte às discussões ouvindo atentamente as idéias e ponderando sua viabilidade;
Mas há também algumas funções negativas que podem aparecer, tais como:

* impor autoridade e forçar aceitação das próprias idéias;

* contestar os passos dados, por puro descrédito ou por se sentir contrariado;

* desqualificar idéias e opiniões, zombando dos colegas para parecer engraçado;

* falar bastante como forma de enaltecer os próprios feitos e se vangloriar deles;

1.2 - Brainstorm

O preceito básico da técnica do brainstorm é de que o grupo deva estar focado em criar o maior número de idéias o mais rapidamente possível. Não apenas idéias tradicionalmente aceitas ou sequer atingíveis num primeiro instante devem ser sugeridos como toda e qualquer idéia que tenha relação com o problema. Logo, toda idéia deve ser considerada e nenhuma pode ser censurada.
E não apenas do ponto de vista da propositura de idéias o procedimento é válido. O clima de descontração e o estímulo à participação fortalecem os laços entre os colaboradores de tal forma que o trabalho se torna prazeroso e interessante.

1.3 - Reuniões

O contato físico direto é importante para consolidar o espírito coletivo e o senso de responsabilidade mútuo. O incentivo à participação efetiva é um incentivo à integração de todos e uma grande oportunidade de celebrar resultados e elogiar posturas publicamente. Nessas ocasiões é possível reforçar e exercer a manutenção dos compromissos assumidos, fiscalizando posturas e criando um espaço de comunicação direta entre os membros.
Esses encontros podem servir apenas para atualizar os membros quanto aos avanços conquistados, problemas surgidos e decisões tomadas. Nestes casos haverá pautas fixas e um caráter precipuamente administrativo em relação aos progressos e informações. Contudo, pode ser também uma oportunidade para solucionar algum empecilho...
Nessas reuniões é aconselhável que a pauta seja divulgada com antecedência para que os membros se preparem adequadamente. Deve haver parâmetros definidos sobre o que deve ser decidido e as dificuldades que deverão ser superadas. Cada circunstância ensejará uma postura apropriada, com definição de papéis antes, durante e depois do encontro. Será importante uma participação ativa do líder para não deixar a discussão perder a produtividade.
Alguns fatos observados nessas situações podem sugerir sinais de desgaste ou ineficiência da equipe. É o caso de atrasos e faltas dos colaboradores, falta de avanço na discussão dos tópicos, sensação de tédio e improdutividade, discussões irrelevantes, pessoas que querem resolver de qualquer forma. Tudo isso são indícios de que as reuniões não estão sendo bem conduzidas, ou que a equipe não está em sintonia.
Outro ponto crucial é o referente à contribuição democrática dos integrantes da equipe. O fato de haver várias pessoas pode servir de justificativa para que uns se omitam, chancelados pelo fato de que o restante irá dar conta do recado. Acontece que esta postura desestimula os demais e gera um prejuízo significativo.
A chave acaba sendo fomentar a confiança motivacional de todos, celebrando resultados e cobrando a participação efetiva e igualitária de todos.

1.4 - Consenso

Numa equipe eficaz o conflito é de certo modo estimulado até que se atinja um certo nível de maturidade e discussão, disso nós já sabemos. Não se deve pretender alcançar unanimidades, pois isso pode significar uma ausência de críticas e melhorias às idéias originais. O ideal é que se busque o consenso.
Todos devem respeitar e escutar atentamente o ponto de vista do outro, devendo ser capaz de, ao final da exposição, explicar a essência da idéia apresentada. Uma vez que todas as propostas sejam ouvidas, tentar-se-á extrair o melhor de todas elas. Uma vez que todas as idéias sejam efetivamente compreendidas, fica mais fácil aceitar a escolha do grupo pela que parecer mais sensata.
A dificuldade, portanto, não está expressar-se de modo a convencer ninguém, e sim estar aberto às escolhas que integrem o melhor das opiniões manifestadas.

1.5 - Análise crítica

Alison Ardingham, na obra "Trabalho em equipe", traz o modelo de avaliação PERFORM, como mecanismo de monitoramento da eficiência da equipe. São algumas questões que sintetizam bem o objetivo de analisar o andamento das tarefas.
Produtividade: A equipe está realizando trabalho suficiente?
Empatia: Os membros da equipe sentem-se à vontade uns com os outros?
Regras & objetivos: Eles sabem o que devem fazer?
Flexibilidade: Estão abertos para influências e contribuições externas?
Objetividade: Eles dizem o que pensam?
Reconhecimento: Elogiam-se uns aos outros e divulgam seus resultados?
Moral: As pessoas querem fazer parte dessa equipe?

1.6 - Bibliografia

KATZEMBACH, Jon R...; SMITH, Douglas K. Equipes de alta performance. São Paulo: Campus, 2002.

MANDELLI, Pedro. Muito além da hierarquia: revolucione sua performance como gestor de pessoas. São Paulo: Gente, 2001.

DEMATTOS, Marta. Equipes de Alta Performance - Apostila da FDC/2008.
ARAUJO, João Bosco Castro. Desenvolvimento de equipes. Apostila da FDC/2008.

ABREU, Kátia Ricardi de. "Equipe ou euquipe?" In:
http://www.rh.com.br/ler.php?cod=5117&org=2 Acesso em 28/08/08

HARDINGHAM, Alison - "Trabalho em equipe". Tradução Pedro Marcelo Sá de Oliveira e Giorgio Cappelli - São Paulo: Nobel, 2000. In: http://www.scribd.com/doc/3183397/como-trabalhar-em-equipe-VC-SA
Acesso em 28/08/08.
KORDIS, Paul e RIBEIRO, Lair - "Como trabalhar em equipe". In:
http://www.miniweb.com.br/top/Jornal/artigos/Artigos_profissao/trabalho_equipe.html
Acesso em 29/08/08.

SANTOS, Luiz dos. "O Trabalho em equipe como fator de qualidade" In: http://www.administradores.com.br/artigos/o_trabalho_em_equipe_como_fator_de_qualidade/11892/ Acesso em 28/08/08

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